O Pouco há para se ver quando olhos absortos se esquecem do que claramente existe à nossa volta. Aqui, um solitário banco jaz agredido pelas intempéries do tempo, dia após dia. Sua madeira, ainda em um bom aspecto, poderia ser a testemunha de mil tramas a se desenrolar. Vidas a lhe contar os mais íntimos segredos, sonhos e pensamentos. A seu redor galhos, folhas e abetos parecem sorrir extasiados com o Sol sempre a soprar enquanto a superfície espelhada do lago contorna toda a paisagem. Alguns o escolhem como assento, ora para divagar e refletir, ora para um merecido descanso cercado pelo verde incontrolável da natureza. O mais certo é que casais, sobre ele, ja discutiram o futuro assim como restauraram paixões. E, incólume com um gigante, um eterno guerreiro de madeira, ele lá continua. À medida que pessoas, amores e vidas vem e vão, ele lá estará. Se olharmos com um pouco mais de atenção, ele até parece saber que está sendo fotografado. (texto. L. Maldonalle) facebook.com/luismaldonalleescritor twitter.com/maldonalle