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Blog do Fotógrafo Julian Stella.

Categoria: Retratos

Bailarina

Era um desfile de 7 de setembro, desses ao melhor estilo velha guarda. Soldados armados e suas pesadas botas, banda militar e sua típica divisão na bateria, Coronéis reformados em seus antigos calhambeques oficiais. E crianças aos montes, representando profissões e o futuro da nação. Eis que uma delas, uma bailarina, interrompe o seu bailar e posa quase que inconseqüentemente para a câmera, ao menos eu suponho que ela soubesse da câmera. A importância na cabeça da criança, neste momento, é de grandeza como só uma criança pode fazer. Quase lhe escapa um sorriso. Talvez ela não estivesse ali naquele momento e sim em uma apresentação de total importância e profissionalismo. Como se estivesse se apresentando com a companhia de Balé Bolshoi. Por isso a seriedade da pose, quase um descompromisso com o lúdico e o infantil. Afinal de contas…Ela é uma bailarina.

(texto L. Maldonalle)

Olhar da inocência

Nunca se sabe ao certo o que os olhos de uma criança querem dizer. Em uma foto então, parece ser o segredo mais bem guardado do mundo. Um segundo antes do sorriso ou um milésimo que precede a birra! É tudo uma icógnita… mas sempre nos resta apreciar, seja a pureza e inocência ou a duvida cruel de criança. Mais uma vez a ausência de cores, revela traços e sombras que só o grande momento de uma foto especial pode traduzir. E mesmo que os anos se acumulem, a feição, o olhar, a dúvida e a beleza estarão sempre eternizados.

(texto L. Maldonalle)

Marcas do tempo

Foto é sempre uma questão de momento. O que você vê através da lente naquele exclusivo segundo. O velho chapéu preto não só o protege do sol, como denuncia o cabelo branco que emenda com a barba cheia de falhas. Os olhos cansados parecem fitar algo distante. A pele enrugada e gasta pelo tempo demonstra anos de trabalho árduo de uma vida, aparentemente, nada fácil. A arte em preto e branco sempre me chamara a atenção, remete a um passado artístico, um passado que certamente fizera parte da vida desse senhor. Essa foi uma visão exclusiva, naquele segundo antes do click.

(texto L.Maldonalle)